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Antonio Brito lembra votos do PSD com governo em sabatina com PT na Câmara

Para conter onda pró-Hugo Motta, candidato à sucessão de Arthur Lira espera que petistas posterguem decisão e pede apoio de olho nas eleições de 2026

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 out 2024, 14h09 - Publicado em 30 out 2024, 08h30

O candidato do PSD à presidência da Câmara, Antonio Brito (BA), passou por uma espécie de sabatina em reunião com a bancada do PT na terça, mesmo dia em que Arthur Lira e seu partido, o PP, declararam apoio oficial a Hugo Motta (Republicanos-PB).

De acordo com deputados que participaram da conversa, Brito lembrou aos petistas sobre seu próprio esforço para entregar votos da bancada do PSD em temas de interesse do governo, como o projeto da “saidinha” e a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão.

Mais que isso, apurou o Radar, Brito emitiu um alerta para o PT não se esquecer de que o PSD vai abrir palanques estratégicos para Lula em 2026 no Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, e em Belo Horizonte, com Fuad Noman, além de ter a vice-prefeita eleita de Fortaleza, Gabriella Aguiar, na chapa do petista Evandro Leitão.

Segundo aliados, Brito comentou depois da sabatina que o PT não tem uma “vara de pescar e um anzol para conseguir os votos todos que o PSD entregou” – uma metáfora para reforçar que, não fosse seu trabalho como líder, a nomeação de André de Paula como ministro da Pesca e Aquicultura não resultaria, sozinha, no apoio sistemático de sua bancada ao governo.

Agora, a expectativa do candidato do PSD é a de que o PT demore algumas semanas para anunciar com quem vai fechar na sucessão de Arthur Lira, uma vez que, na sua visão, a postergação da decisão conteria a onda pró-Hugo Motta formada com o lançamento oficial da campanha do paraibano pelo Republicanos e com as declarações oficiais de apoio do atual presidente da Câmara e do PP.

O principal argumento de Brito aos petistas é que a eleição presidencial de 2026 começa na disputa pelo comando da Câmara em fevereiro de 2025. O baiano busca dissuadir o partido de Lula de embarcar em uma candidatura apoiada pelo PL de Jair Bolsonaro, que tem cobrado a aprovação de um projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro.

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