Apuração contra o orçamento secreto mira emendas da bancada gaúcha
A PGR abriu, nesta semana, uma nova leva de ações para rastrear o dinheiro que jorrou do Congresso para prefeituras a partir do orçamento secreto
A PGR abriu, nesta semana, uma nova leva de ações para rastrear o dinheiro que jorrou do Congresso para prefeituras a partir do orçamento secreto.
Os novos procedimentos buscam saber o destino final de cerca de 2 milhões de reais liberados a cidades gaúchas — Boa Vista das Missões, Dois Irmãos das Missões, Cerro Grande e Água Santa — a partir das emendas dos deputados Lucas Redecker (PSDB), Giovani Cherini (PL), Covatti Filho (PP), Afonso Motta (PDT) e Mauricio Marcon (Podemos). O senador Hamilton Mourão (Republicanos) também integra esse lote de apurações.
“As ‘emendas Pix’ reduzem a capacidade de controle da aplicação de verbas federais e, uma vez que são desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais, arriscam a se convolar em instrumento deturpador das práticas republicanas de relacionamento entre agentes públicos, propiciando o proveito de interesses distintos dos que a atividade política deve buscar”, diz a PGR.
Os casos estão vinculados à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, colegiado da PGR responsável por garantir a transparência na aplicação de recursos e coibir atos de corrupção.