Armado no aeroporto, Milton Ribeiro ainda não escapou da PF
Polícia ainda avalia se há possibilidade de enquadrar o ex-ministro por crime no episódio do disparo acidental
A Polícia Federal ainda apura as circunstâncias do disparo da arma de fogo do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro em pleno aeroporto de Brasília na noite de segunda-feira.
Segundo o ex-chefe do MEC, o disparo foi acidental e aconteceu enquanto ele retirava a munição de sua arma antes de embarcar em um voo. Por algum motivo que ainda não foi explicado, a arma disparou acidentalmente dentro da bolsa em que ele fazia essa operação de retirar as balas.
Uma funcionária da Gol teve ferimentos leves na perna decorrentes de estilhaços provocados pelo disparo. Ribeiro foi detido pela Polícia Federal no aeroporto, mas foi liberado horas mais tarde e ainda recebeu a sua arma de volta.
O ex-auxiliar de Jair Bolsonaro divulgou por meio de nota que no episódio “prevaleceu o entendimento” junto às autoridades de que “tudo não passou de um acidente provocado por um cuidado excessivo” de retirar as munições da arma de maneira discreta, dentro de uma bolsa no aeroporto.
Ao Radar, a superintendência da Polícia Federal no DF informou que “ainda apura as circunstâncias do disparo” e que está “fazendo uma avaliação acerca da existência de crime ou não”. Ribeiro, a funcionária ferida e um segundo empregado da companhia aérea já prestaram depoimento.
A PF não respondeu ao questionamento específico da coluna se haverá abertura de inquérito, dado que disparar arma de fogo em local público, ainda que sem o intuito de cometer crimes, é infração prevista no estatuto do desarmamento.