As bandeiras do líder da minoria na Câmara, Eduardo Bolsonaro
Filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro tomou posse para o novo mandato nesta quarta-feira
Novo líder da minoria na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta quarta que o bloco que fará oposição aos interesses do governo nas votações da Casa e deverá defender nos primeiros meses da nova legislatura pautas caras ao bolsonarismo, como o acesso menos restrito às armas de fogo, a liberdade de parlamentares disseminarem desinformação em suas manifestações e a dúvida sobre a integridade do processo eleitoral brasileiro.
“Acredito que nós aqui dentro temos trabalhar a favor da liberdade de expressão e contra a censura. Estamos vivendo uma loucura no Brasil. Houve uma ameaça de inclusive 11 deputados, por coincidência todos eles bolsonaristas, para que não assumissem o mandato hoje a partir de pedidos feitos por um grupo de advogados no STF. Esse pedido de pronto não foi descartado, mas graças a Deus a PGR negou. Isso é o exemplo da loucura que estamos vivendo. Como um deputado federal eleito pode deixar de tomar posse com base em tão rasos argumentos?”, disse ele, em entrevista à TV Câmara, depois de tomar posse para o novo mandato no plenário da Casa.
A minoria da Câmara é a bancada partidária formada por um número de deputados imediatamente inferior ao da maioria e que expresse posição divergente dela em relação ao governo.
Eduardo disse que a minoria combaterá os decretos de Lula que endureceram o acesso às armas pela população. Uma portaria publicada nesta quarta pelo Ministério da Justiça deu 60 dias para donos de armas cadastrarem seus armamentos no sistema eletrônico da PF. “Na questão da pauta das armas, hoje saiu um novo decreto desarmamentista. Estamos aqui para defender o referendo de 2005 e para apresentar, enquanto parlamentares, projetos de decretos legislativos para sustar esses decretos presidenciais”, disse.
Por fim, ele defendeu que a oposição a Lula siga na retórica contra o TSE e no questionado às urnas eletrônicas. “Olha, se o TSE abrisse uma investigação, como se espera de todo serviço público, porque serviço público serve ao povo, e não o contrário, nós não somos obrigados a confiar cegamente em nenhuma instituição. Democracia não é instituição forte. Democracia é indivíduo forte”, disse.