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As queixas financeiras que levaram Bolsonaro a ordenar venda de presentes

Na delação à PF, Mauro Cid disse que o ex-presidente reclamou de pagamentos da condenação em litígio com Maria do Rosário, mudança e multas de trânsito

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 fev 2025, 22h05 - Publicado em 19 fev 2025, 14h08

Reclamações sobre os pagamentos de uma condenação judicial em litígio com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), de multas de trânsito por não usar capacete em motociatas e de gastos com a mudança e o transporte do acervo que deveria arcar foram apontados por Mauro Cid em sua delação premiada como motivos que levaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a ordenar a venda de presentes “de alto valor” recebidos por ele durante viagem oficial à Arábia Saudita, em 2019.

A oitiva da PF sobre a investigação de desvio de bens entregues a Bolsonaro por autoridades estrangeiras foi realizada no dia 28 de agosto de 2023 e consta do primeiro de quatro volumes da delação de Cid — que teve o sigilo retirado nesta quarta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, horas depois de o procurador-geral da República, Paulo Gonet, oferecer denúncia contra Bolsonaro e mais 33 aliados, na noite desta terça.

No depoimento, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente relatou que ele recebeu um kit de joias em ouro branco e um relógio Rolex em 2019, que foram encaminhados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Palácio do Planalto. Segundo ele, o órgão definiu que os objetivos deveriam ser encaminhadas ao acervo privado de Bolsonaro, assim como a maioria dos presentes destinados a ele.

Na sequência, Cid disse que Bolsonaro apresentou a ele, no fim de 2021, um relógio Patek Philippe, solicitando que realizasse uma pesquisa de preço. O item foi um presente recebido pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras em viagem ao Oriente Médio. O tenente-coronel do Exército contou que fez a busca e encaminhou a imagem ao chefe.

No começo de 2022, o então presidente estava, de acordo com o relato do delator, “reclamando dos pagamentos de condenação judicial em litigio com a Deputada Federal Maria do Rosário e gastos com as mudanças e o transporte do acervo que deveria arcar, além de multas de trânsito por não usar o capacete nas motociatas”.

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Diante disso, Bolsonaro solicitou a ele “quais presentes de alto valor que havia recebido em razão do cargo”. Cid verificou que os mais fáceis de mensurar o valor seriam os relógios e solicitou ao GADH a lista de itens presenteados ao longo do mandato. Depois, avisou ao chefe que o relógio que poderia ser vendido de forma mais rápida seria o Rolex de ouro branco.

Bolsonaro, então, teria perguntado se o objeto poderia ser vendido e determinado que o auxiliar levantasse o valor para venda, autorizando que a comercialização fosse feita, assim como a dos demais itens do kit dado pelos sauditas.

O colaborador revelou em seguida todo o processo de cotação dos itens e venda, em uma loja nos Estados Unidos, por 68.000 dólares. Cid disse que apenas ele e Bolsonaro sabiam das tratativas na ocasião. O pagamento foi feito na conta bancária de seu pai, o general Mauro Cezar Lourena Cid, que morava em Miami, na Flórida, porque trabalhava na ApexBrasil.

Depois, ele ainda vendeu outras joias do kit em ouro branco por 18.000 dólares — entregues em mão ao então presidente no Brasil, em junho de 2022.

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