Falido há mais de uma década, o Banco Santos não falha em gerar fortes emoções. Neste momento, representantes de credores estão junto ao juiz do caso tentando impugnar a assembleia marcada para começar daqui a uma hora, na qual se decidiria sobre formas alternativas de liquidação dos ativos.
Ontem, a história virou caso de polícia. Advogados alegam que não encontraram ninguém na sede do administrador judicial para entregar documentos que os qualificariam para votar no encontro — o edital de convocação afirma que a papelada poderia ser entregue até as 14h30 do domingo.
Apenas o porteiro estava presente. Nesse cenário, foi chamada a polícia para registrar um boletim de ocorrência comprovando a entrega dos documentos, bem como um representante de cartório para registrar a conversa entre os credores e a pessoa que recebeu os documentos. Agora, eles alegam ao juiz que não houve controle sobre quem votará na assembleia e, por isso, pedem sua impugnação.
Esse é o primeiro encontro de credores mais relevante do Santos em anos. Três instituições financeiras — Opus, Credit Suisse e Banco Paulista — apresentaram propostas para gerir os ativos e encerrar a falência. Os credores decidiriam hoje se aceitam a liquidação alternativa e a proposta vencedora.