Quem anda empolgado com a indicação de Luiz Edson Fachin para o STF é Carlos Ayres Britto. A trajetória dos dois guarda certa semelhança, especialmente nos momentos de proximidade com o PT.
Ayres Britto tentou ser deputado federal pelo PT em 1990 e almejou a uma candidatura ao Senado em 2002 pela legenda, mas, no julgamento do mensalão, soube ser duro quando necessário com o partido.
Além de elogiar o currículo e o caráter de Fachin, avalia em conversas reservadas que o possível futuro ministro saberá separar sua atuação no STF do apoio passado a Dilma Rousseff.
Diz Ayres Britto:
– Pelo que eu conheço do Fachin, e não é pouco, ele preenche os pré-requisitos de investidura do cargo. Quando você entra no exercício do cargo, você só deve respeito à Constituição e às leis do país e corta rente o cordão umbilical de laços políticos. A toga não é instrumento de gratidão para os políticos.