Bastidores da demissão
As últimas horas de Pepe Vargas na Secretaria de Relações Institucionais têm sido tensas. Ontem, Pepe soube pelos sites – repita-se, pelos sites – que Dilma havia sondado Eliseu Padilha. Tentou telefonar para ela, mas ouviu como resposta um lacônico “Nos falamos amanhã”. Hoje, ao chegar ao Palácio do Planalto, Pepe comentou com auxiliares que, […]
As últimas horas de Pepe Vargas na Secretaria de Relações Institucionais têm sido tensas. Ontem, Pepe soube pelos sites – repita-se, pelos sites – que Dilma havia sondado Eliseu Padilha.
Tentou telefonar para ela, mas ouviu como resposta um lacônico “Nos falamos amanhã”. Hoje, ao chegar ao Palácio do Planalto, Pepe comentou com auxiliares que, caso não fosse atendido por Dilma até 15h, entregaria sua carta de demissão.
Logo depois, o chefe de gabinete de Dilma, Álvaro Baggio, telefonou para Pepe e perguntou se ele iria à reunião com os líderes para discutir o ajuste fiscal, marcada para as 16h. Pepe disse que não iria e, em seguida, telefonou para Giles Azevedo, braço-direito de Dilma.
Disse que exigia ser recebido pela presidente. Dilma assim o fez no fim da manhã.
Na conversa, Dilma pediu desculpas a Pepe e disse que lamentava o ocorrido. Disse Dilma:
– Não era isso que eu queria. A conversa com o Eliseu vazou.
Os dois acertaram, então, que Pepe não vai mais participar da reunião com os líderes. Logo mais, ao receber os deputados e senadores, Dilma vai comunicar que Pepe não é mais o ministro de Relações Institucionais.
A propósito, diante da falta de uma recusa oficial de Eliseu Padilha, o Planalto ainda espera a possibilidade de que ele aceite o convite.