No final do ano passado, o Ministério da Justiça mandou comprar 816 livros para reforçar o acervo das bibliotecas de quatro penitenciárias federais, dentre elas a de Mossoró, endereço atual do bicheiro Carlinhos Cachoeira (pelo menos até esta noite).
Para passar as horas no cárcere, Cachoeira tem à disposição best-sellers como Amanhecer, Eclipse, Lua Nova e Crepúsculo, além de títulos nacionais: Honoráveis Bandidos, que desce a borduna em José Sarney da primeira à última página, e a hagiografia A História de Lula, o Filho do Brasil, de Denise Paraná.
Não se sabe ainda se Cachoeira terá uma pena a cumprir (ele está só no começo do processo), mas o fato é que o exercício da leitura nos presídios contribui para reduzir o tempo de cadeia dos detentos. Pelo programa do governo, o preso pode abater três dias de sua pena a cada livro que ler e sobre ele escrever uma resenha.