Bolsonaro cortou verbas para controle de armas e munições no país
Apesar da explosão no número de CACs, gestão passada reduziu pela metade investimento em fiscalização do setor
Em 2018, sob Michel Temer, o governo investiu 6,8 milhões de reais no controle de armas e munições. Em 2022, sob Bolsonaro, foram só 3,4 milhões de reais.
A verba serve para comprar viaturas para vistorias e apreensões, prensas hidráulicas para destruir armas, deflagradoras de munições, computadores e equipamentos de vigilância.
Os dados abertos pelo Exército ao TCU mostram que o investimento caiu, mas o número de pessoas armadas explodiu. Só em 2022, a instituição disse ter analisado 785.802 pedidos de registro de CACs. E aprovado 91% deles.
As informações são de gestões passadas, mas nada mudou na atual gestão de Lula. A fiscalização fictícia de armas segue.
Procurado pelo Radar, o Exército afirmou que, além dos investimentos, o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados (SisFPC) também recebe recursos de custeio.
“É importante ressaltar que o somatório dos recursos destinados ao SisFPC nos anos de 2018 e de 2022 foram de, aproximadamente, 20 milhões de reais”, disse a instituição. “Dessa forma, os recursos orçamentários empregados em investimento no ano de 2022 não impactaram a capacidade fiscalizatória do Exército Brasileiro, visto que atenderam integralmente às necessidades no período.”
“A prova da assertiva supramencionada confirma-se por meio da quantidade de caçadores, atiradores desportivos, colecionadores e entidades de tiro fiscalizadas: aproximadamente 12.000 no ano de 2018 e mais de 23.000 no ano de 2022”, acrescentou.