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Bolsonaro se diz ‘indignado’ com decisão do STF contra Francischini

'Eu não vou viver como um rato. Tem que haver uma reação', disse Bolsonaro sobre decisão do Supremo

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jun 2022, 20h14 - Publicado em 7 jun 2022, 17h51

Jair Bolsonaro aproveitou há pouco uma cerimônia no Planalto para reclamar da decisão da Segunda Turma do STF que manteve a decisão do TSE que cassou o deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União Brasil-PR), por espalhar fake news sobre as eleições de 2018.

O colegiado derrubou nesta terça a canetada de Nunes Marques que liberava o parlamentar paranaense a voltar ao mandato.

“Pode alguém ser punido por fake news? ‘Olha, ele tá espalhando fake news…’. E se esse fake news não for fake news, for uma verdade? Pior ainda. Enquanto aqui a gente tá num evento voltado pra fraternidade, amizade, amor, compaixão, aqui do outro lado da Praça dos Três Poderes uma Turma do Supremo Tribunal Federal, por 3 a 2, mantém a cassação de um deputado acusado, em 2018, de espalhar fake news”, declarou o presidente.

Bolsonaro disse na sequência que o que Francischini falou na livre sobre as supostas irregularidades nas urnas eletrônicas, ele próprio também disse para todo mundo, “que estava havendo fraude na eleição de 2018”, repetindo a história de que quando eleitores apertavam a tecla 1, aparecia o 3, completando o 13 do PT.

E aproveitou para mais uma vez atacar o jornalismo profissional:

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“Não existe tipificação penal para fake news. Se for pra punir a fake news com a derrubada de páginas, fecha a imprensa brasileira, que é uma fábrica de fake news, em especial O Globo, Folha…”.

Em mais ataques ao TSE, ele voltou a dizer que as Forças Armadas foram convidadas para participar de uma comissão de transparência eleitoral e que o tribunal teria ignorado sugestões para combater vulnerabilidades.

“Não gostaram. ‘Eleição é coisa para forças desarmadas’. Convidar-nos pra quê, ora bolas? Pra fazer papel do quê? Eu sou o chefe das Forças Armadas. Nós não vamos fazer o papel de idiotas. Eu tenho a obrigação de agir […] Eu não vou viver como um rato. Tem que haver uma reação”, declarou, acrescentando que a população, se discordar, deve se preparar para ser “prisioneira sem algemas”.

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