Bolsonaro sugere que gestão de Rosa Weber destruiu provas no TSE
Presidente voltou a afirmar que, mesmo sem provas, tem 'fortes indícios' de que hackers foram contratados para desviar 12 milhões de votos seus
Jair Bolsonaro repercutiu, na manhã desta quarta, a derrota da PEC do voto impresso na Câmara na noite da última terça.
A apoiadores, o presidente declarou que a gestão de Rosa Weber, ex-presidente do TSE, destruiu provas de suposta ação de hackers nas eleições de 2018.
“Como é que pode uma prova do crime final simplesmente ser apagado pelo próprio TSE? Você pode ver que eles me acusam de fake news, mas eu tenho a documentação comigo aí. Primeiro entram com uma queixa-crime contra mim por não ter apresentado provas, apesar de ter indícios fortíssimos. Quando apresento prova depois, entram com outra notícia-crime de que eu revelei documentos que corriam em segredo de Justiça. Qual a conclusão disso aí?”, declarou a apoiadores.
Bolsonaro ainda voltou a afirmar — de novo sem provas, com ele mesmo destacou — que hackers foram contratados por opositores e que, como não foram pagos pelo “outro lado”, decidiram denunciar.
Após o segundo turno das eleições de 2018, Rosa Weber, então chefe da Corte eleitoral, solicitou à Polícia Federal uma investigação sobre possível invasão aos sistemas digitais do TSE. O pedido foi motivado por uma denúncia feita por um hacker a um portal de notícias.
As apurações, no entanto, não constataram evidências de acesso indevido do código-fonte do software das urnas eletrônicas e concluiu que, apesar do risco de ter havido material acessado indevidamente, tal ato seria incapaz de alterar o resultado das eleições de 2018.