No linguajar informal reinante nestes tempos no Planalto, Alexandre de Moraes, relator de investigações contra o bolsonarismo na Corte, já foi alvo de todo tipo de comentário. Com o tempo as falas foram perdendo a graça e hoje o ministro é chamado só de “preferido” do presidente Jair Bolsonaro, por merecer a atenção constante do chefe do palácio.
Nesta segunda, depois de Moraes ter mandado bloquear o Telegram na sexta e ter voltado atrás na decisão no domingo — após a plataforma retirar postagem do presidente do ar –, o presidente voltou a falar do seu ministro “preferido”. Mais uma vez, repetiu que Moraes adota medidas contra o Planalto e contra apoiadores bolsonaristas porque usa a cadeira no STF para favorecer Lula.
“Sabemos o que eles querem, o que alguns querem aqui no Brasil. Não são todos, nem é uma instituição. Querem eu fora de combate para eleger o Lula”, disse o presidente no canal de TV Jovem Pan.
Por “fora de combate”, segundo Bolsonaro, o que deve ser entendido é que o Supremo atua para torná-lo inelegível, mais uma fake news bolsonarista, claro.
“É uma perseguição implacável para cima de mim. Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. Tivemos momentos difíceis no ano passado, quando o TSE julgou a possibilidade de cassação da chapa por fake news… Até respondi processo no TSE por abuso de poder econômico. São processos que, no meu entender, deveriam ser arquivados de ofício”, seguiu Bolsonaro.