O nome de Bernardo Figueiredo ainda causa calafrios ao Planalto. A maior derrota imposta ao governo Dilma Rousseff pelo Congresso, quando o Senado rejeitou a recondução dele à ANTT, continua fresca na memória. E o cabo de guerra está só começando.
Contabilizado o golpe, Dilma passou recibo: nomeou Figueiredo, por Medida Provisória, para a presidência da recém-criada Empresa de Planejamento e Logística. Como se trata de empresa pública, e não agência reguladora, ele não precisaria ser sabatinado. Ingenuidade imaginar que o Congresso engoliria o contra-ataque sem rebater.
A oposição encheu a MP de emendas cujo objetivo era condicionar a posse de Figueiredo à apreciação do seu nome. Mas a coisa não funciona bem assim. Como saída alternativa para reduzir danos, o relator da MP, Henrique Fontana, marcou uma audiência pública para debater os rumos e atribuições da EPL no dia 30 de outubro, terça-feira, com a presença do próprio.
A oposição já está esfregando uma mão na outra. Já há data para a nova batalha.