Com divergências sobre apoio a Lula, PSOL aprova federação com Rede
Partidos terão de seguir de forma unificada nos próximos quatro anos, mas cláusula aprovada libera membros do partido para se manifestarem de forma autônoma
Em meio a divergências sobre eventual apoio à candidatura do ex-presidente Lula, a Executiva Nacional do PSOL aprovou, na manhã desta quarta-feira, a federação com a Rede.
O partido de Marina Silva já havia ratificado o acordo no início do mês e a confirmação do PSOL era o último passo que faltava para a concretização da aliança, mecanismo que deverá ajudar as legendas a superar a cláusula de barreira, garantindo acesso ao fundo eleitoral e a tempo de televisão e rádio.
Com o acerte, as legendas seguirão de forma unificada na eleição deste ano e nos próximos quatro anos e deverão aprovar uma resolução sobre política de alianças que deve ser aplicada em todos os estados, vetando partidos que compõem a base de apoio ao governo Bolsonaro e governos declaradamente de direita, diz o PSOL.
Dentro das negociações, foi aprovada uma cláusula que libera membros do partido para se manifestarem de forma autônoma à da chapa escolhida pela federação sem que haja caracterização de infidelidade partidária. Lideranças como Marina Silva — que deve concorrer a uma vaga na Câmara — e Heloísa Helena já apresentaram publicamente divergências em relação à candidatura de Lula, por exemplo, e ensaiam um apoio ao pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.
Guilherme Boulos, por outro lado — que também deverá concorrer a uma vaga como deputado federal –, já declarou apoio ao ex-presidente Lula.