Jair Bolsonaro pode ter tentado trocar o comando da Polícia Federal e o superintendente da corporação no Rio de Janeiro para blindar aliados e seu clã político. As investigações ainda irão avançar nesse caminho. Mas o fato incontornável é que Sergio Moro não apresentou provas das segundas intenções do presidente.
Ele deixou o governo acusando Bolsonaro de querer a todo custo trocar o chefe da PF e alguns superintendentes. É a primeira parte da acusação de interferência política. A segunda parte não veio. Moro limitou-se a um “pergunte ao presidente”, quando questionado sobre o lado criminoso da história.
Nem mesmo a história espalhada por apoiadores do ministro de que ele teria um arsenal contra o presidente se confirmou. Com medo dos hackers, Moro disse aos delegados que costumava apagar suas conversas do WhatsApp com Bolsonaro e outras autoridades periodicamente.