Durante reunião na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta em que foi convocado a prestar esclarecimentos sobre os movimentos de cunho golpista no país, o chefe do GSI, general Augusto Heleno, ouviu um duro recado do deputado federal Jorge Solla, do PT da Bahia.
Segundo o parlamentar, os militares que atuam no governo de Jair Bolsonaro vão acabar no banco dos réus, seja por simpatizarem e colaborarem com movimentos que pregam a ruptura institucional, seja por participarem da gestão bolsonarista como um todo, cujas suspeitas de corrupção e mal feitos ainda serão apuradas mais detalhadamente no futuro.
Solla disse que um dos erros históricos do país foi não ter julgado, prendido e condenado militares que participaram da ditadura e que promoveram torturas e assassinatos dentro de instalações do governo. Ele comparou a história brasileira com a da Argentina, que puniu os seus militares envolvidos na ditadura. O deputado afirmou que para os militares do governo Bolsonaro “não haverá anistia” como houve com seus colegas que participaram dos governos de exceção do Brasil no passado.
“A ditadura militar argentina foi parar no banco dos réus. Os militares que comandaram a morte e a tortura na Argentina foram presos e condenados. No Brasil, não só foram anistiados, como passamos anos passando a mão na cabeça de um ex-militar expulso da Força Armada que ficou aqui pregando tortura, violência, assassinato, racismo, o que há de pior, e o ovo da serpente sendo chocado”, disse.
“Os governos militares do Brasil não foram parar nos tribunais, mas o militares deste governo da tragédia, da destruição nacional e do cometimento de crime de corrupção com certeza irão parar no banco dos réus, isso eu não tenho a menor dúvida porque terão que pagar”.