De olho em 2026, centro-direita lidera pesquisas nas grandes cidades
Levantamento do cientista político Murilo Medeiros mostra que esquerda está perdendo espaço no Nordeste; PT só lidera disputa em Contagem (MG)
Partidos de centro, centro-direita e direita dominam a disputa, segundo pesquisas, nos maiores colégios eleitorais do país que servirão de vitrine daqui a dois anos para as eleições a governador, deputado federal, senador e presidente da República.
Levantamento do cientista político Murilo Medeiros mostra que, considerando as pesquisas de intenção de voto mais recentes nas três maiores cidades de cada estado, o União Brasil desponta como favorito em 16 dos 78 colégios com mais densidade eleitoral.
O MDB aparece em seguida, com 12 cidades, e o PL está à frente em 11 municípios, seguido pelo PP, com 10, o PSD, com oito, e o Republicanos, com quatro.
O PT, partido do presidente Lula, só lidera em Contagem, a terceira maior cidade de Minas Gerais.
“Das 27 cidades nordestinas avaliadas, o campo da esquerda só lidera em uma: no Recife, com João Campos, do PSB. O avanço da direita no Nordeste começa a ficar mais perceptível a partir da atual eleição, com União Brasil, PL e PP representando os partidos mais competitivos nas grandes cidades da região”, escreve Medeiros.
O cientista político destaca que o União Brasil domina eleitoralmente a Bahia, de ACM Neto, e Rondônia, do governador Marcos Rocha, liderando nos três maiores colégios eleitorais dos dois estados.
O levantamento também ressalta que o PSD no Paraná, partido do governador Ratinho Júnior, que é favorito para conquistar a capital Curitiba e também o segundo maior município do estado, Londrina.
Além disso, no Piauí, berço tradicional de governos petistas, o PP do senador Ciro Nogueira lidera em Parnaíba e Picos, grandes cidades do estado em número de eleitores.
“A performance dos partidos políticos nos principais colégios eleitorais dos estados é relevante para respaldar forças partidárias no xadrez político, com reflexo no potencial eleitoral e na projeção de nomes para 2026”, afirma Medeiros.