Lucio Bolonha Funaro entrou na reta final de negociação para fechar a delação premiada mais aguardada pela Lava Jato nos últimos tempos.
Além de apresentar farto material probatório, o doleiro e melhor amigo de Eduardo Cunha entregará elementos fundamentais para Rodrigo Janot denunciar Michel Temer pela segunda vez.
A próxima acusação da PGR tende a se basear num inquérito que investiga se o PMDB da Câmara contém uma quadrilha entre seus quadros.
As informações de Funaro, que opera para o partido há séculos, ligarão fatos isolados já conhecidos por Janot, parte deles estrelados pelo presidente da República.
O arsenal do candidato a delator vai do período em que Eduardo Cunha sequer era líder do PMDB, o que só ocorreu em 2013, até outro dia, quando Joesley Batista, velho conhecido de Funaro e Temer, brilhou como poucos.
Na PGR, a expectativa é de que a delação do doleiro seja o rejunte necessário para finalizar mais um torpedo contra Michel Temer.
O desafio será convencer Funaro a passar o tempo de cadeia que Janot exigirá para assinar o acordo com ele.