A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara vai realizar logo mais, às 14h30, uma audiência pública para debater o legado da Operação Lava-Jato dez anos após sua deflagração, em 2014, com a participação confirmada do ex-deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol, que chefiou a força-tarefa do MPF em Curitiba, e dos advogados criminalistas Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Alberto Zacharias Toron, que defenderam alvos da investigação.
O requerimento para a realização da audiência foi apresentado pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), com o objetivo de fazer um balanço sobre os desdobramentos e impactos da operação na luta contra a corrupção no Brasil.
“O objetivo desta Audiência Pública é promover um diálogo construtivo e baseado em evidências, que permita compreender de maneira ampla os resultados da Operação Lava-Jato. Busca-se avaliar os avanços proporcionados no combate à corrupção e na melhoria dos mecanismos de controle e fiscalização, ao mesmo tempo em que se pondera sobre os desafios e as críticas relacionadas às práticas adotadas”, justificam os parlamentares.
Também foram convidados e confirmaram presença na sessão a ex-ministra do STJ Eliana Calmon, a advogada e professora titular da FGV-EAESP Ligia Maura Costa, o procurador de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, Roberto Livianu, o procurador de Justiça de Minas Gerais André Estêvão Ubaldino Pereira, o advogado e presidente da Comissão de Estudos e Combate ao Lawfare da OAB-DF, José Sousa de Lima, o procurador de Justiça e professor Rodrigo Regnier Chemim Guimarães e o professor de Estudos Brasileiros da Universidade de Oklahoma (EUA) Fabio de Sá e Silva.
O ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello também foi convidado para a audiência, mas não confirmou presença até o momento.