O empresário Ronan Maria Pinto, dono do “Diário do Grande ABC”, é um dos presos na 27ª fase da Lava-Jato, batizada de Carbono 14.
Ronan era empresário de ônibus em Santo André e depois comprou o jornal. Uma de suas empresas, a Expresso Nova Santo André, fechou contrato de 6 milhões de reais com uma das agências do operador do mensalão, Marcos Valério.
Em depoimento ao Ministério Público, em 2012, após ser condenado no processo do mensalão pelo STF, Valério afirmou que o PT lhe pediu R$ 6 milhões para que Ronan parasse de chantagear o ex-presidente Lula, o então chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro José Dirceu. As chantagens teriam relação com a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.