O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, fez duras críticas nesta quinta-feira à concessionária responsável pelo abastecimento de energia da capital paulista. Ele comparou o serviço com outras terceirizadas que atendem municípios do estado e normalizaram o serviço com celeridade, ao contrário da Enel, que “não teve consciência da sua responsabilidade e não se preparou”.
“Concessionárias restabeleceram rápido o serviço de energia e são concessões. E a Enel aqui, esse desserviço para a cidade, essa demora imensa que foi e está sendo o reestabelecimento de energia”, disse Nunes ao Radar.
O prefeito disse que a qualidade do serviço não pode ser medida pelo modelo de gestão, mas pelo o atendimento às necessidades da população. Conforme Nunes, caso ocorra a privatização da Sabesp, multas rigorosas devem estar previstas caso a empresa não atenda às exigências.
“Um contrato muito bem feito, rigoroso, sempre visando o interesse da população e garantindo que se a empresa descumprir alguma cláusula contratual, multas pesadas, e não tenho dúvidas que poderemos ter essa discussão em outro nível, não se é privatizado ou público”, afirmou o prefeito em referência ao processo que corre na Alesp.
“A Enel, por exemplo, fez tudo isso, o que vai acontecer com ela? Onde está escrito no contrato que ela tinha de ter um volume X de profissionais para atender numa situação dessa?”, cobrou o prefeito que depende de fiscalização da Aneel, já que se trata de uma privatização em nível federal.
Uma tempestade, com rajadas de vento de mais de 100 km/h, que passou por São Paulo na sexta-feira passada deixou 2,1 milhões de clientes da companhia sem luz. Empresários do turismo e alimentação estimam um prejuízo de 500 milhões de reais.