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Entidade de telecom pede a relatora de PL para manter desoneração até 2027

Feninfra entrega ofício à deputada Any Ortiz em defesa da decisão anterior do Congresso de desonerar folha de pagamento de 17 setores por quatro anos

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 11h25 - Publicado em 12 mar 2024, 12h30
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  • A presidente da Feninfra, Vivien Mello Suruagy, vai entregar nesta terça-feira um ofício à relatora na Câmara do projeto de lei da reoneração gradual da folha enviado pelo governo Lula, Any Ortiz, defendendo que a deputada retome a desoneração originalmente aprovada pelo Congresso para 17 setores até 2027.

    A entidade representa empresas de call center, instalação e manutenção de infraestrutura de redes de telecomunicações e informática.

    “A maioria do Congresso, dos mais diversos partidos e tendências, votou pela prorrogação da desoneração, por conta da geração de empregos e investimentos. Esse texto do PL enviado pelo governo vai, mais uma vez, na contramão disso e não respeita a vontade dos parlamentares”, afirma Suruagy.

    A desoneração prorrogada pelo Congresso, que Lula vetou e o Legislativo retomou com a derrubada do veto, estabelece que as empresas de 17 setores com mão de obra intensiva poderão contribuir para a Seguridade Social recolhendo 20% de sua receita bruta, em vez de aplicar a alíquota da contribuição à soma dos salários dos funcionários.

    Já o texto proposto pelo Palácio do Planalto separa os 17 segmentos econômicos beneficiados com a desoneração da folha em dois grupos e promove, em alíquotas crescentes que partem de 10% e 15% sobre a folha de pagamentos, a reoneração gradual de cada um deles de 2024 a 2027, até restabelecer, a partir de 2028, a contribuição previdenciária de 20%.

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    O projeto também determina que as alíquotas reduzidas só incidirão sobre o salário dos funcionários até o valor de um salário mínimo (R$ 1.412). As empresas deverão contribuir com a alíquota cheia sobre a parcela da remuneração que superar esse valor.

    “No setor de telecomunicações, o fim da desoneração impacta não somente empresas e trabalhadores, causando crise e desemprego, mas também o conjunto da sociedade, já que prejudica investimentos em projetos de inclusão digital”, afirma a presidente da Feninfra.

    O ofício à relatora do projeto do governo Lula diz que entidades dos 17 setores apresentaram dados segundo os quais, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, o crescimento dos empregos formais nas empresas dos setores desonerados foi de 18%, e, nos demais, de 13,5%.

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