EUA anunciam sanções contra mulher do ministro Alexandre de Moraes
Dispositivo já foi usado pelo governo Trump contra o próprio ministro, promovendo restrições às suas movimentações financeiras

O governo Trump anunciou, nesta segunda-feira, a aplicação de sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por meio da Lei Magnitsky.
Pela medida imposta pelo escritório de controle de ativos estrangeiros do tesouro norte-americano, a mulher do ministro terá qualquer bem naquele país bloqueado, além de não poder realizar transações com cidadãos e empresas dos Estados Unidos — usando cartões de crédito de bandeira americana.
Em julho, os Estados Unidos incluíram Moraes na lista de sancionados pelo dispositivo, acusando o magistrado brasileiros de “prisões arbitrárias, censura política e perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e contra empresas americanas”. Como consequência, o Departamento do Tesouro norte-americano impôs um pacote de sanções que incluíram o congelamento de bens e contas sob jurisdição americana, proibição de entrada no país e bloqueio de transações com o sistema financeiro americano.
O novo anúncio, agora contra Viviane, cumpre a expectativa de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado recentemente à prisão pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes. Interlocutores ligados a Eduardo Bolsonaro, filho do ex-mandatário, esperavam novas sanções contra pessoas ligadas a Moraes depois que, na semana passada, o secretário de Estado Marco Rubio disse numa entrevista que o governo americano anunciaria novas punições contra o Brasil nesta semana.