Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), o general Santos Cruz se juntou ao volumoso grupo de políticos e lideranças que criticaram os ataques do atual presidente às eleições e ao voto eletrônico — e classificou as declarações como “vexame internacional”.
Em discurso a embaixadores na última segunda, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas, disse que os votos não são passíveis de serem auditados no país e atacou ministros do STF.
“Vergonha para o Brasil. É um absurdo o Presidente da República reunir os embaixadores para falar mal do próprio país. Vexame internacional jamais visto. É o Presidente da República denegrindo o próprio país. O Brasil não merece nem pode aceitar tal insanidade”, publicou o general da reserva.
Ao ser exonerado do governo Bolsonaro em 2019 após cinco meses na Secretaria de Governo, Santos Cruz afirmou que o ex-capitão havia se afastado do combate à corrupção — uma de suas principais bandeiras nas eleições de 2018.
Amigo de Sergio Moro (União Brasil), Santos Cruz se filiou ao Podemos — antiga sigla do ex-juiz — e chegou a ser cotado para concorrer à Presidência pelo partido. Hoje, espera definição sobre seu futuro político — o que pode envolver uma disputa ao Senado e à Câmara.