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EXCLUSIVO: Investigações mostram primeira-dama como laranja de Witzel

Ela teria recebido 554.236 reais; governador operava pessoalmente negócios que envolviam propina de fornecedores da saúde

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 ago 2020, 12h50 - Publicado em 28 ago 2020, 08h52
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  • A decisão do ministro do STJ Benedito Gonçalves que determina o afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio por desvios em contratos de áreas como a Saúde do estado detalha como Helena Witzel, a primeira-dama, era laranja do marido nos esquemas de corrupção levados adiante pelo governo.

    Segundo os investigadores, o escritório de Helena, reativado “sem qualquer outro advogado além da primeira-dama e sem qualquer funcionário — bem ainda sem a realização de qualquer outro serviço” foi utilizado para “escamotear o pagamento de vantagens indevidas ao governador, por meio de contratos firmados com pelo menos quatro entidades de saúde ligadas a membros da organização criminosa”.

    Ainda de acordo com o MPF, diz Benedito, essas vantagens pagas ao escritório-laranja de Helena, entre agosto de 2019 e maio de 2020, totalizaram 554.236,50 reais. “Dessa forma, segundo o MPF, o escritório de advocacia da primeira-dama foi contratado para operacionalizar a prática de corrupção e posterior lavagem de capitais, mediante a perene atuação de Lucas Tristão e Gothardo Lopes Netto”, relata.

    A decisão do STJ detalha ainda que informações obtidas através de relatório do Coaf mostram que o valor de mais de 500.000 reais foi pago em 25 docs, teds e transferências entre contas a Helena Witzel pelas empresas Hospital Jardim Amália, Dpad Serviços Diagnósticos, Cootrab Cooperativa Central de Trabalho e Quali clínicas.

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    “No que toca aos recursos pagos pelo Hospital Jardim Amália, a quebra de sigilo telemático permitiu encontrar dois emails enviados pelo governador Wilson Witzel à sua esposa, um às 11h16 e outro às 11h18, com a minuta de um contrato de prestação de serviços advocatícios entre ela e o HINJA”, detalha trecho da decisão.

    O ministro dá a deixa: “observa-se que a primeira-dama, apesar de ser advogada e ser quem figurava como contratada, não participou diretamente da negociação do próprio contrato de prestação de serviços advocatícios”.

    Com relação aos recursos pagos pela Quali Clínicas, o ministro relata que a busca e apreensão feita no dia 26 de maio no âmbito da Operação Placebo encontrou na bandeja da impressora de Lucas Tristão — ex-secretário do governo e homem forte de Witzel — uma notificação da rescisão contratual e renúncia de mandato, que seria subscrita por Helena e encaminhada à empresa.

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    “Observa-se novamente que Helena Witzel, apesar de ser advogada e suposta contratada para a prestação dos serviços, não participou nem mesmo da elaboração do documento de rescisão do contrato — no qual consta, a propósito, a data de 14/04/2020, apesar de nem sequer ter sido assinado. Isso configura provável pré-datação realizada no dia imediatamente anterior ou no próprio dia da Operação Placebo, conferido-se novamente o verniz da legalidade”, aponta.

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