PL, PP e Republicanos voltaram a acionar o STF pedindo que os governos estaduais possam mobilizar policiais civis e militares para intervir em conflitos entre produtores rurais e indígenas, principalmente no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Os partidos alegam que a lei que instituiu o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, oriunda de veto derrubado pelo Congresso, está sendo descumprida.
Os partidos do núcleo duro da bancada ruralista disseram que agricultores que faziam a semeadura em propriedades nos municípios paranaenses de Guaíra e Terra Roxa teriam sido atacados por indígenas na última quinta-feira. “A Força Nacional que está na área, a pedido do governo federal, nada faz. Apenas assiste aos lamentáveis episódios”, afirmaram.
Os partidos autores da ação defenderam que é “imperioso que se excluam de qualquer procedimento demarcatório ou conciliatório áreas objeto do crime de esbulho possessório ou onde se observem conflitos fáticos”.
Reforçaram o pedido para que o Supremo reconheça o “estado de coisas inconstitucional na seara da segurança pública, em especial da segurança pública federal (força nacional e polícia federal) na garantia da manutenção da ordem pública nas áreas de conflito” e autorize as secretarias de segurança pública dos estados a “garantir a ordem pública, atuando na prevenção dos crimes de esbulho possessório, tráfico de drogas, contrabando, descaminho e outros cometidos em áreas privadas que estão em disputa com comunidades indígenas”.