O fotógrafo Francisco Proner, que ficou conhecido aos 18 anos por registrar Lula carregado por uma multidão em São Bernardo do Campo (SP) antes de ser preso, em 2018, vai fazer uma exposição com imagens de vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG), em novembro de 2015.
Hoje com 23 anos, Proner vai ser acompanhado em parte das viagem a comunidades afetadas pelos rejeitos de minério por integrantes do Hotta Advocacia, que é parceiro institucional no Brasil do Pogust Goodhead, escritório que representa cerca de 700.000 vítimas na ação nos tribunais ingleses contra a multinacional anglo-australiana BHP, controladora da Samarco junto com a Vale.
Com fotos publicadas em jornais como New York Times, The Washington Post, The Guardian, Le Monde e El País, o fotógrafo quer que suas imagens ajudem a sensibilizar as autoridades competentes a resolver logo a compensação das vítimas.
“A fotografia denuncia o que só as palavras não são capazes. O nosso objetivo é registrar o rastro de destruição que grandes empresas deixam no meio ambiente e na vida das pessoas, principalmente dos povos originários, que tem a natureza como a própria casa”, afirma Proner.