Jair Renan Bolsonaro se tornou réu na Justiça do Distrito Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.
A 5ª Vara Criminal recebeu, na segunda-feira, uma denúncia do Ministério Público do DF contra o filho “zero quatro” do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras cinco pessoas: Eduardo Alves dos Santos, Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros, Cleudivânia Medeiros Santos de Carvalho, Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos e Rafael Jorge Vilela Dias.
“Analisando os autos e a peça inaugural, vislumbro os requisitos necessários para dar início à persecução penal em juízo. A denúncia está em conformidade com o disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal, e não se verificam presentes as hipóteses de rejeição, previstas no artigo 395 do mesmo diploma legal”, diz o despacho.
Os agora réus terão dez dias para apresentar resposta escrita à decisão, contados a partir da intimação.
A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu no mês passado o inquérito vinculado à Operação Nexum, deflagrada em agosto do ano passado para investigar um possível esquema de fraudes, estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, pelo qual Jair Renan Bolsonaro e seu instrutor de tiro, Maciel Alves, foram indiciados.
Eles integrariam uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passaria pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”.
O processo está sob sigilo.