Justiça torna réu homem que atirou bomba em ato de Lula no Rio
Atentado gerou momento de tensão durante comício que reuniu uma multidão na praça da Cinelândia
A Justiça do Rio aceitou a denúncia contra o homem que atirou uma bomba caseira durante um comício de Lula (PT) na praça da Cinelândia, na capital fluminense, na última sexta-feira. O juiz da 16ª Vara Criminal do Rio, Tiago Fernandes de Barros, determinou que André Stefanio Dimitriu Alves de Britto responderá pelo crime de explosão, cuja pena varia de três a cinco anos de prisão. O magistrado também autorizou a quebra de sigilo telefônico e telemático do agora réu como meio de aprofundar as investigações do caso.
“Trata-se de investigação da prática de crime de explosão, sancionado com pena privativa de liberdade, em regime de reclusão, perpetrado, em tese, no dia 7/7/2022 pelo denunciado, no Centro do Rio de Janeiro, local onde foi preso em flagrante. A medida pleiteada se mostra necessária, não havendo outro meio legal disponível para apuração do crime em tela, senão por meio da quebra de sigilo de dados telefônicos, apresentando-se tal medida extrema proporcional à gravidade do crime em apuração.”
O homem foi detido na noite de sexta pouco depois de atirar uma garrafa PET com três bombas caseiras dentro por cima de um tapume que separava a área do palco montado na praça de uma parte do público. Houve um momento breve de tensão e correria. Uma apoiadora petista foi ferida no braço. O atentado ocorreu antes da chegada de Lula ao local.