O ministro Ricardo Lewandowski indeferiu na noite desta segunda o mandado de segurança interposto no STF pelo médico Luciano Azevedo para evitar ter quebrado o seu sigilo telefônico e telemático (digital) na CPI da Pandemia no Senado.
Segundo depoimento dado na própria CPI pela a oncologista Nise Yamaguchi, Azevedo, que é anestesista e tenente da Marinha, foi quem teria redigido a minuta para a mudança da bula da cloroquina para incluir entre seus efeitos o tratamento contra o coronavirus. Ele também seria um dos membros do chamado “gabinete paralelo” de combate à doença e defensor do que ficou conhecido como tratamento precoce.
A quebra de sigilo foi pedida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovada na comissão na última quinta. Lewandowski negou o pedido do médico porque entendeu que “mostram-se legítimas as medidas de investigação tomadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito em curso, que tem por fim justamente apurar eventuais falhas e responsabilidades de autoridades públicas ou, até mesmo, de particulares, por ações ou omissões no enfrentamento dessa preocupante crise sanitária, aparentemente ainda longe de terminar”.