Líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) concedeu uma entrevista na tarde desta segunda à GloboNews e foi questionado sobre a manifestação de Augusto Aras se “recandidatando” a uma nova recondução no comando da PGR, após “tantos serviços prestados ao governo anterior”.
Na noite deste domingo, Aras replicou no Twitter um texto dizendo que ele, nos quase quatro anos como procurador-geral da República, teve a disposição “para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico”.
Na sua resposta, o senador da Bahia, estado de Aras, foi só elogios ao indicado de Jair Bolsonaro à PGR — em 2019 e 2021.
“Saiu até hoje uma notícia que eu era um dos apoiadores… Eu sou obrigado a dizer aqui que reconheço o trabalho que o atual procurador-geral da República fez ao bem da volta à normalidade depois de um período bastante complicado e duro de uso do ativismo judicial para caçar pessoas e reputações. Então, na minha opinião essa contribuição que ele deu. Não reconhecer isso é trabalhar no ‘sou oposição porque sou oposição’. Então reconheço que ele prestou um serviço importante para o Brasil, para o Poder Judiciário”, comentou Wagner.
O petista então disse que não existe uma lista “legal, formal” para procurador-geral, mas lembrou que Lula “sempre acolheu” a lista tríplice elaborada pela ANPR por meio de votação dos integrantes do MPF.
“É uma escolha praticamente pessoal do presidente. Então não se trata de apoiar ou não. Mas deixar de reconhecer que ele contribuiu para a normalizar, eu acho que era querer tapar o sol com a peneira”, declarou.
“Bom, aí tem as críticas normais: defendeu o ex-presidente, protegeu o ex-presidente… não, aí entra em outra seara. Só queria deixar claro o meu reconhecimento a essa contribuição que ele fez. E aí é um direito dele se recandidatar, mas a escolha não será minha, será do presidente da República”, concluiu Wagner.