Ao lado de Gilberto Kassab, o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), retirou nesta quarta-feira sua candidatura à presidência da Casa e declarou que a bancada apoiará Hugo Motta (Republicanos-PB), nome de Arthur Lira (PP-AL) para a sua sucessão. Aliada ao governo Lula, a sigla soma 44 deputados.
“Após conversas com o candidato Hugo Motta, após o debate que nós trouxemos aqui na semana passada das proporcionalidades e do cumprimento do tamanho do partido na Casa, a bancada decidiu, por proposta minha, retirar a candidatura a presidente da Câmara para que nós possamos dar sequência ao processo que ocorre com as demais lideranças da Casa e apoiar a candidatura de Hugo Motta”, disse Brito a jornalistas depois de reunião com seus correligionários.
Na prática, as “proporcionalidades” se traduzem na terceira ou na quarta secretaria e em uma suplência da Mesa Diretora, na manutenção das presidências das comissões de Turismo e de Minas e Energia em 2025 e na promessa de eleger um deputado do PSD para a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) em 2026.
De acordo com Brito, já reconduzido para continuar no comando da bancada no ano que vem, não houve unanimidade sobre a decisão. “Foi uma posição majoritária da bancada – muitos concordaram, outros não – , mas nós entendemos assim e pedimos ao presidente Kassab que estivesse junto conosco para mostrar que todos os membros do partido estão juntos em uma só decisão”, afirmou.
Brito também assumiu a liderança do bloco parlamentar MDB, PSD, Republicanos e Podemos, o segundo maior da Câmara. Ele declarou que ficará no cargo até a eleição à presidência da Casa, em 3 de fevereiro de 2025.