A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um ofício em que afirma que as mensagens da Vaza-Jato não foram integralmente compartilhadas pela Polícia Federal com os advogados.
O material apreendido no âmbito da chamada operação Spoofing consiste em mensagens hackeadas de integrantes do MPF no Paraná e do ex-juiz Sergio Moro. O compartilhamento dos dados hackeados foi determinado pelo ministro Ricardo Lewandowskiem no final do ano passado.
De acordo com os advogados de Lula, que começaram a analisar o material entregue pela PF na semana passada, a quantidade de arquivos fornecidos tem “volume bem inferior” aos 7 terabytes inicialmente informados.
A Lewandowski, os advogados do petista alegam que o Polícia Federal impôs filtros ao material entregue e analisou o material apreendido junto a um dos hackers. À época, a Spoofing atingiu outras quatro pessoas.
Por isso, a defesa do ex-presidente cobrou esclarecimentos do chefe da Divisão de Contrainteligência Policial da PF e quer que ele seja intimado a proceder “com o compartilhamento integral dos arquivos arrecadados ao longo da Operação Spoofing”.