O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), tenta a todo custo romper o contrato de concessão do serviço de água e esgoto do município com a Aegea, empresa que comprou em abril os dois principais lotes da venda da Cedae, a companhia de saneamento do Rio.
O contrato da Aegea com Manaus data do ano 2000 e tem previsão de duração até 2045. O prefeito encomendou à agência reguladora de serviços públicos da cidade um estudo para apontar formas de declarar a caducidade do contrato.
Segundo a administração de Almeida, a Aegea descumpre metas de universalização do acesso ao saneamento na capital amazonense.
A prefeitura acusa ainda a empresa de abastecer apenas quinze dos 187 bairros e comunidades da cidade e de não pagar multas no valor de 2,3 milhões de reais.
ATUALIZAÇÃO — 23/08/2021 –12h30:
Em nota enviada ao Radar em 23 de agosto, a empresa Águas de Manaus, pertencente ao grupo Aegea, disse que recebe “com muita naturalidade” o pedido da prefeitura da capital amazonense para a avaliação do cumprimento do contrato.
Segundo a companhia, as metas para o período foram cumpridas de acordo com o que está estabelecido na concessão e que “Manaus é a cidade que mais ampliou a oferta de água tratada no país nos últimos três anos”.
Atualmente, segundo a empresa, a cobertura de coleta e tratamento de esgoto é de 26% na cidade e avançará até 45% em 2025. Em pouco mais de três anos, ainda de acordo com a empresa, foram investidos 466 milhões de reais no sistema e nos próximos cinco anos o volume a ser investido deve chegar a 1 bilhão de reais.