Indicado por Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira de Marco Aurélio Mello no STF, o ministro André Mendonça ganhou apoios na comunidade judaica e libanesa de São Paulo.
Em duas cartas, o Clube “A Hebraica de São Paulo” — em nota assinada em 29 de junho por Daniel Leon Bialski, então presidente da entidade, mas só divulgada agora — e o Esporte Clube Sírio — assinada em 8 de julho por Fabio Kadi — declaram apoio ao indicado de Bolsonaro para o Supremo.
“A ascensão de Vossa Excelência traz imensa esperança à comunidade judaica e evidentemente a todos os cidadãos brasileiros de que a Constituição Federal será resguardada, observada e defendida, em observância a todos preceitos e princípios que fazem do Brasil um Estado Democrático de Direito”, dizem as entidades.
O apoio da comunidade judaica a Mendonça chega no momento em que o escolhido de Bolsonaro enfrenta resistências de Davi Alcolumbre — o primeiro judeu a presidir o Senado. Presidente da CCJ, Alcolumbre irá comandar a sabatina de Mendonça no colegiado.
ATUALIZAÇÃO, 20H20 — A Confederação Israelita do Brasil enviou a seguinte nota ao Radar: “A comunidade judaica brasileira não apoia nenhum candidato ao STF ou a qualquer outro cargo público. A comunidade judaica é plural e diversa politicamente e sua representante institucional, a Conib (Confederação Israelita do Brasil, que reúne todas as federações judaicas do país), respeita e representa essa pluralidade.”