O Ministério da Saúde lançou, nesta semana, paineis que monitoram a situação epidemiológica dos dois tipos principais de leishmanioses no Brasil: a visceral e a tegumentar. A ferramenta traz informações relativas ao número de casos, de óbitos e a taxa de letalidade por estado, por exemplo.
Construídos a partir de um projeto integrado entre a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília, os paineis monitorarão o comportamento da doença que vem se espalhando por vários municípios brasileiros e apresentando mudanças importantes no padrão de transmissão.
Inicialmente, a enfermidade predominava em ambientes silvestres e rurais. No entanto, mais recentemente, cresceu em número de casos nos centros urbanos.
Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 13.000 casos de leishmaniose tegumentar. Os estados da Região Norte, como Pará e Amazonas, são as áreas mais afetadas, com alta incidência de novos casos.
A leishmaniose visceral, além de ser a forma mais grave e potencialmente fatal, apresentou uma média de 2.000 casos notificados anualmente nos últimos anos, com uma tendência de estabilização, mas com surtos localizados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
O lançamento da plataforma aconteceu durante evento na FioCruz, que também discutiu o “Plano de Ação para o Fortalecimento da Vigilância e Controle das Leishmanioses no Brasil de 2025 a 2030”.