Depois de cinco anos, o governo federal voltou a anunciar um chamamento para o Programa Mais Médicos com a abertura de 5,7 mil novas vagas para cursos de medicina em instituições privadas. Atualmente o Brasil tem 32,1 mil vagas de medicina em entidades privadas e 9,7 mil nas públicas.
Como mostrou o Radar, o Conselho Federal de Medicina publicou uma crítica a “abertura indiscriminada” de cursos na área. Um edital lançado nesta semana autorizou a abertura de 95 novas faculdades.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que pretende atingir a meta da OCDE de 3,3 médicos para cada 1.000 habitantes em dez anos. A prioridade são para as regiões com menos de 2,5 profissionais para cada 1.000.
Os estados que podem abrir mais vagas, portanto, são: Bahia (900), São Paulo (780), Pará (660), Ceará (600), Maranhão (540) e Pernambuco (420). Enquanto, Amapá, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, poderão abrir apenas 60 vagas, ou seja, um curso novo.
Para o avaliador do INEP e sócio-fundador das consultorias BrandU e Somos Young, Rodrigo Bouyer, as novas vagas são um avanço para suprir uma lacuna importante na educação brasileira
“É uma parceria que o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e as instituições privadas estão estabelecendo para suprir esse desafio de falta de médicos no Brasil”, disse Bouyer.
“Muitos desses municípios e desses lugares de desigualdade precisam de construção de universidades e instalação de uma infraestrutura específica e melhor qualificada para o SUS”, ponderou.