Após confirmar em depoimento ao juiz Sergio Moro que pagou 2,5 milhões de dólares em propina ao operador Jorge Luz, o empresário Milton Schahin, do Grupo Schahin, levou um fora do magistrado.
Nas considerações finais do seu depoimento de quase 50 minutos, Milton, que é réu na ação, disse que sua conduta não prejudicou a Petrobras.
“Gostaria de dizer em síntese que não dei nenhum prejuízo para a Petrobras, continuei fazendo meu trabalho com boa performance. Atestado pela própria fiscalização da Petrobras. E estou fazendo esse trabalho de forma correta. A própria Petrobras reconhece que não houve superfaturamento”, afirmou o empreiteiro.
Moro interrompe: “Certo senhor Milton, mas pagar propina para os agentes não era justificável”.
O empreiteiro, então, insistiu: “Como eu lhe disse excelência, sinto que não prejudiquei a Petrobras”.
“Tá bom senhor Milton”, encerrou Moro, lacônico.
Schahin contou que Eduardo Musa, então gerente da Petrobras, abordou seu filho dele, Fernando Schahin, para exigir o pagamento de propina.
Fernando, então, avisou o pai sobre o assédio. E, após o pedido, entrou em cena o operador Jorge Luz. Trabalhando para o PMDB, ele era encarregado de cuidar do propinoduto.