Motta indica que não haverá posição institucional para blindar Zambelli
Por entender gravidade dos crimes cometidos pela deputada, chefe da Câmara não usará argumento do respeito às prerrogativas parlamentares para protegê-la

Líderes próximos do presidente da Câmara, Hugo Motta, avaliam que o tom da mensagem publicada pelo paraibano nas redes após a prisão de Carla Zambelli indicam que não haverá posição institucional da Casa para blindar a deputada do PL.
Segundo interlocutores, Motta tem consciência da gravidade do crime cometido pela bolsonarista – ela foi condenada pelo STF por ter invadido os sistemas do CNJ e adulterado documentos do órgão – e, por isso, não deve patrocinar nenhum tipo de movimento que tente protegê-la sob o argumento de respeito às prerrogativas parlamentares.
Pouco mais de uma hora após a prisão de Carla, o chefe do Legislativo afirmou que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da representação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça, em obediência ao regimento interno da Casa e à Constituição. “Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão – apenas sobre a perda de mandato”, escreveu.
Aliados de Motta pontuam ainda que não haverá nenhuma iniciativa para protelar a análise da perda de mandato da deputada, que está prevista para ocorrer em agosto, quando parlamentares retornarão do recesso parlamentar.