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MP de RR aciona PGR sobre suposto envolvimento de governador em homicídio

Investigado citou o chefe do Executivo de Roraima e o comandante-geral da Polícia Militar em interrogatório sobre assassinato de um casal

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jul 2024, 11h31

A Procuradora-Geral de Justiça de Roraima em exercício, Cleonice Andrigo Vieira, pediu a manifestação do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, após o governador Antonio Denarium (PP) ser citado em investigação sobre o assassinato dos agricultores Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci de Souza. O duplo homicídio ocorreu em 23 de abril deste ano, no município de Cantá, no interior do estado.

Um dos investigados, o capitão da Polícia Militar Helton John Silva de Souza, preso preventivamente, disse em interrogatório que ligou para o Comandante-Geral da PM, Miramilton Goiano, após o assassinato e teria sido instruído a trocar de celular e aguardar as investigações. Ele também relatou que Tiago Porto, irmão do investigado Caio Porto, teria se reunido, no Palácio do Governo, com o governador Antonio Denarium, “ solicitando para o caso ser resolvido diretamente com Tiago”.

O MP estadual abriu inquérito para investigar o envolvimento do militar, enviou os autos ao Tribunal para dar prosseguimento em relação aos investigados pela execução do crime e quer, agora, uma manifestação do PGR sobre como prosseguir com a citação ao governador, em função do foro de prerrogativa.

“Quanto ao Exmo. Sr. Governador, o investigado narrou que houve, em tese, uma tentativa de intervir nas investigações, não tendo sido obtida qualquer outra informação a respeito”, diz o documento assinado na terça-feira, 23.

“A aferição da idoneidade e da suficiência das informações até então colhidas, em observância do foro por prerrogativa do Governador do Estado, compete unicamente ao Exmo. Procurador-Geral da República, que deve analisar a possibilidade de arquivamento ou de instauração de inquérito, cuja legalidade deve ser supervisionada pelo Superior Tribunal de Justiça”, segue a PGJ em exercício, Cleonice Andrigo Vieira.

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