De malas prontas para Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo deixa em São Paulo uma disputa acirrada para a procuradoria-geral de Justiça.
Como mostrou o Radar, cinco promotores concorrem à chefia do MP-SP: três da situação (José Carlos Cosenzo, Paulo Oliveira e Costa e Tereza Exner) e dois de oposição (Antonio Carlos Da Ponte e José Bonilha).
Um dos oposicionistas, José Bonilha disse à coluna que o Ministério Público paulista passa por uma “crise de identidade”, decorrente de “um alinhamento à política identitária” por parte do atual PGJ e futuro secretário de Ricardo Lewandowski.
“O MP não tem pauta pública, é a sociedade quem define”, afirma Bonilha, ao criticar o posicionamento de Sarrubbo. Ele destaca negativamente a “inconstitucionalidade de leis municipais por menção religiosa”.
Para Bonilha, o foco do MP deixou de ser o combate à criminalidade e critica, inclusive, a perspectiva de que Sarrubbo teria um perfil “linha dura” diante de organizações criminosas.
“Ele diz que vai sufocar o PCC. Por que não sufocou o PCC aqui?”, questiona. “O MP não é Defensoria Pública, nem ONG”, acrescenta.