O Ministério Público de São Paulo pretende tomar novo depoimento do empresário Cassio Chebabi, presidente da Coaf, cooperativa agrícola que está no epicentro da Operação Alba Branca, que investiga contratos fraudulentos do governo de São Paulo e de prefeituras do estado para o fornecimento de alimentos para merenda escolar.
O empresário, que negocia acordo de delação premiada, envolveu o secretário de Logística e Transportes do governo Geraldo Alckmin, Duarte Nogueira, nas acusações, ao dizer que ele recebia 10% de propina sobre contratos da Coaf com a Secretaria de Educação.
Para a força-tarefa, o depoimento de Chebabi “destoa” do de outros presos na operação, que não mencionaram Duarte. Promotores chegam a colocar em dúvida o acordo de delação do empresário.
Duarte Nogueira é o mais próximo auxiliar de Alckmin citado até agora no escândalo da merenda, o que explica a tentativa de blindá-lo. Aliados do secretário atribuem as acusações contra ele a uma possível reação de adversários políticos do tucano em Ribeirão Preto, como o deputado Baleia Rossi (PMDB), também citado nas investigações.