As operações Lesa Pátria e Tempus Veritatis, da Polícia Federal, abriram mais um flanco de denúncia de órgãos públicos contra envolvidos na trama golpista. O subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, quer uma investigação da Corte sobre os danos ao erário causados pela eventual participação do PL na tentativa de golpe de Estado.
Em representação enviada ao TCU, Furtado propõe uma apuração sobre “os gastos ilegais, ilegítimos e em flagrante desvio de finalidade do Partido Liberal, com a utilização de recursos públicos do Fundo Partidário, para apoiar os atos preparatórios da trama golpista”.
Segundo o subprocurador, as operações da Polícia Federal apuram uma série de irregularidades promovidas pela estrutura do partido.
“Uso de recursos e estrutura do partido para reuniões de caráter golpista; uso de pessoal e apoio material na elaboração de minutas de atos ilegais e ilegítimos que tinham por objetivo decretação de estados de exceção no país e deslegitimação da eleição presidencial de 2022; bem como eventual financiamento dos kids pretos – membros de tropa de elite do Exército – que supostamente coordenarem os invasores responsáveis pela depredação da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023”, escreveu no ofício enviado ao TCU.
Ele ainda quer que o PL seja incluído como réu em ação cível pública indenizatória da Justiça Federal no DF que pede 100 milhões de reais por dano moral coletivo.