Nísia comemora aumento nos cadastros de doadores de medula óssea
"Ao fortalecer o cadastro de doadores, o SUS amplia suas possibilidades de oferecer um tratamento eficaz e gratuito a quem precisa", diz a ministra da Saúde
No próximo sábado, o mundo comemora o Dia do Doador de Medula Óssea. No primeiro semestre de 2024, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o Redome, teve 74.677 novos cadastros, representando um aumento de mais de 16.000 pessoas em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o número era de 58.308 cadastros.
Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a doação é um ato de solidariedade e esperança. “Ao fortalecer o cadastro de doadores, o SUS amplia suas possibilidades de oferecer um tratamento eficaz e gratuito a quem precisa, garantindo acesso à saúde de qualidade para todos. A colaboração da população nesse processo é essencial, pois cada doador registrado pode ser a cura para muitos, contribuindo para a equidade no acesso aos cuidados de saúde no país”, diz Nísia.
Ainda em 2023, o Redome viabilizou 369 transplantes com doador não-aparentado (quando não há parente) no Brasil e o envio de 100 medulas ósseas de doadores brasileiros para o exterior. Até junho deste ano, foram registrados 224 transplantes de pacientes brasileiros e 46 de pacientes internacionais.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde, para a maioria dos pacientes, os doadores não-aparentados do Redome são a única alternativa, pois entre irmãos, a chance de compatibilidade é de cerca de 25%. A probabilidade é ainda maior quando as duas partes envolvidas são do mesmo país. Aqueles pacientes que não têm um doador no Brasil, podem buscar possibilidades em registros internacionais.
Atualmente, 65 a 70% dos pacientes que realizam transplante de medula óssea não-aparentado utilizam doações brasileiras, o que comprova os bons resultados do Redome, que é o terceiro maior registro de doadores do mundo, com 5,7 milhões de cadastrados ao longo de 30 anos.
Em 2023, foram repassados mais de 1,3 bilhão de reais para o custeio do SUS em procedimentos de doação e transplantes financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação. Até junho deste ano, o Ministério da Saúde investiu 718 milhões de reais nos atendimentos.
Outros 46 milhões de reais são destinados ao funcionamento das centrais de transplantes das organizações de procura de órgãos e de projetos e convênios para fortalecimento do Sistema Nacional de Transplantes.
O cadastro de doadores pode ser feito por pessoas entre 18 e 35 anos em todos os hemocentros públicos do Brasil. Para facilitar o cadastro, o Redome desenvolveu um aplicativo que disponibiliza informações sobre o cadastro e permite a realização de um pré-cadastro, além de acompanhar as diversas etapas do cadastro, conforme disponibilidade do hemocentro.
O aplicativo permite, ainda, a geração da carteirinha e da declaração de cadastro. Outra função essencial é possibilidade da atualização dos dados cadastrais do doador, fundamental para garantir o sucesso na localização dos doadores compatíveis selecionados.