Não está fácil para Alessandro Molon (PSB) aguentar a pressão para que ele desista de se candidatar a uma vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro na chapa que terá o seu correligionário Marcelo Freixo como candidato ao governo do estado e o apoio formal de Lula.
Como o Radar vem noticiando nas últimas semanas, o PT, principal aliado do PSB no plano nacional, é contra a candidatura de Molon. Os petistas querem que o deputado André Ceciliano (PT) seja o concorrente.
Há entre os socialistas quem defenda que as duas candidaturas sejam mantidas, mas esse não é o desejo do PT, que prefere que apenas um nome dispute a cadeira e cobra um suposto acordo nesse sentido. Na semana passada, contudo, o PSB aprovou em convenção a pré-candidatura de Molon. O cacique socialista Carlos Siqueira disse à coluna que o imbróglio será discutido pelas direções nacionais dos partidos. A convenção nacional do PSB ocorrerá nesta sexta-feira.
Depois da passagem de Lula por Pernambuco, Molon começou a sofrer pressão dentro de seu partido para que abra mão da corrida, apesar de figurar melhor posicionado que Ceciliano nas pesquisas eleitorais. Na quarta, o pré-candidato socialista ao governo de PE, Danilo Cabral (PSB), que terá o apoio de Lula, fez coro com os petistas insatisfeitos.
“O PSB fez uma aliança nacional com o PT. Os compromissos firmados devem ser cumpridos em todos os estados. No Rio de Janeiro, coube ao PSB indicar o candidato a governador, Marcelo Freixo. E cabe ao PT indicar o senador. Acordo é para ser cumprido!”, disse.