Em 2017, ao Radar, Marcelo Miller negou ter mantido encontros com o ex-diretor jurídico da Odebrecht, Adriano Maia, para tratar de sua ida para a iniciativa privada, ao deixar o MPF em abril de 2017.
No fim de 2016, Maia disse que Miller o ligou para informar da sua decisão de deixar a inciativa pública, sem declinar o nome da banca privada em que buscava emprego.
O contato teria limitado-se a isso. Naquele instante, Odebrecht e PGR estavam negociando o acordo de leniência.
Já Miller, por meio de sua assessoria, em 2017, disse que ao contatar Maia perguntou sua opinião sobre eventual mudança da área pública para a iniciativa privada, sem discutir possíveis empregadores ou áreas de atuação.
Já em abril do ano seguinte, mandou mensagem a Maia solicitando uma reunião para apresentar seu trabalho enquanto advogado do escritório Trench, Rossi & Watanabe.
Ao Radar, o ex-diretor jurídico disse que não o recebeu.
(ATUALIZAÇÃO: Em contato com a coluna, Marcelo Miller confirma os contatos com Adriano Maia. Em dezembro, o ex-procurador reafirma que ligou ao ex-diretor da Odebrecht para consultá-lo quanto a sua ida para a iniciativa privada, por considerá-lo “preparado, inteligente e habilidoso”. Em resposta, Maia teria incentivado a mudança e o elogiado. Em abril, Miller diz que entrou em contato com diversos quadros do mercado privado, inclusive Maia, para apresentar sua nova posição, jamais para vender serviços. Ele também nega que tenha tentado marcar reuniões).