O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega solicitou nesta quinta-feira o afastamento do grupo técnico de planejamento, orçamento e gestão da transição para o governo Lula, alegando que a punição do TCU que o impediu de assumir cargos públicos por conta das chamadas “pedaladas fiscais” estava sendo “explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”.
Mas isso não quer dizer que o economista tenha desistido de colaborar com a equipe do presidente eleito.
“Ele pediu o afastamento e está entrando na Justiça para tentar reverter a decisão do TCU, vinculando o seu retorno a uma decisão favorável”, afirmou ao Radar um integrante da transição, sob condição de anonimato.
Na carta endereçada ao vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin, Mantega disse ter sido responsabilizado “indevidamente” no processo administrativo do Tribunal de Contas da União por “praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014”, enquanto era ministro da Fazenda.
“Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação”, concluiu.