ONG firma acordo com Ministério da Justiça para acolher refugiados afegãos

O Ministério da Justiça e Segurança Pública firmou um acordo para garantir suporte na reestruturação de vidas de 500 refugiados afegãos por ano no país, que conta com a participação de ONGs. Uma das organizações não-governamentais escolhidas é a Estou Refugiado, que atuará no acolhimento de mais de 200 pessoas.

Um termo aditivo ao Acordo de Cooperação com a Secretaria Nacional de Justiça foi assinado nesta quarta-feira pela fundadora e diretora da ONG, Luciana Capobianco.

“A missão da Estou Refugiado é assegurar que essas pessoas não apenas encontrem acolhimento, mas também reconstruam suas vidas com dignidade e reais oportunidades de integração na sociedade brasileira. Nosso objetivo é proporcionar um novo rumo e novas possibilidades para cada refugiado que chega ao Brasil”, afirma Luciana.

A iniciativa prevê que, além dos vistos humanitários, os refugiados consigam ter acesso a documentos como CPF e carteira de trabalho, e também a serviços públicos, como saúde, educação e assistência social.

O número de afegãos pedindo refúgio no Brasil aumentou a partir de setembro de 2021, quando os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas do Afeganistão, após 20 anos de ocupação militar, e o Talibã reassumiu o poder.

Segundo a Senajus, em 2024, o estado brasileiro concedeu 13.632 reconhecimentos de refúgio. Os afegãos foram o segundo grupo mais atendido, com 283 solicitações obtidas, ficando atrás apenas da Venezuela, que conseguiu 12.726 autorizações.

A situação gerou uma longeva crise no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde dezenas, às vezes centenas de afegãos recém-chegados ao Brasil acampavam à espera de acolhida humanitária.

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