Operação contra contrabando bloqueia mais de R$ 50 milhões de investigados
Ação da PF, em conjunto com a Receita Federal, visa desarticular grupos criminosos que transportam mercadorias proibidas do exterior via Abaetetuba (PA)
![A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Maré Segura no Pará e no Maranhão, para desarticular organizações criminosas envolvidas em contrabando e lavagem de dinheiro, que transportam mercadorias proibidas do exterior, via Abaetetuba (PA)](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/c862771f-330f-4522-bb80-fd8ece21ea6d.jpeg?quality=90&strip=info&w=431&h=720&crop=1)
Uma operação deflagrada no Pará e no Maranhão pela PF, em conjunto com a Receita Federal, prendeu, até o momento, quatro pessoas acusadas de integrar organizações criminosas envolvidas em contrabando e lavagem de dinheiro, que transportam mercadorias proibidas do exterior via Abaetetuba (PA).
Segundo a Polícia Federal, foi determinado o sequestro de mais de 50 milhões de reais em contas bancárias bloqueadas dos investigados, além de serem suspensas as atividades comerciais de dez empresas que eram utilizadas para mascarar as operações financeiras ilegais da organização. Também foram apreendidos carros, dinheiro, embarcações, documentos e aparelhos eletrônicos.
“As investigações revelaram que as cargas de cigarros vinham de três principais regiões: Paraguai, Estados Unidos e Leste Europeu. Produtos eletrônicos contrafeitos, ou seja, ‘piratas’, provinham da China. Para os cigarros do Paraguai, a rota incluía exportações via portos do Uruguai até o Suriname, e daí para o Brasil. Já os cigarros oriundos dos Estados Unidos e da Europa passavam por países do Caribe, como Barbados, Trinidad e Tobago, Antígua e Barbuda e Granada, antes de chegarem ao Brasil”, informou a corporação, em nota.
De acordo com as investigações, o esquema criminoso utilizava embarcações e sistemas de comunicação sofisticados para viabilizar as operações de contrabando, evitando o pagamento dos tributos devidos e comprometendo a arrecadação fiscal do País. “A atividade clandestina ainda representa um sério risco à saúde pública, devido à natureza das mercadorias introduzidas no mercado nacional sem a devida fiscalização”, complementou a PF.
Os suspeitos detidos poderão ser indiciados por contrabando, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, entre outros. “As investigações e diligências continuam. Outras prisões não estão descartadas”, concluiu o comunicado.